Reflexão II (confira a Reflexão I aqui)

Muita coisa mudou no campo da comunicação nos últimos anos. Não basta apenas informar nossos stakeholders, é preciso espaços para o diálogo. Mas por que ele é tão importante?

Estamos observando um comportamento que vai além do informar. É preciso entrar em um processo de escuta ativa junto aos nossos públicos, ouvindo, dialogando e, a partir dessas conversas, o comportamento da organização muda para melhor.

Quando olhamos para o conceito do Agronegócio, criado em 1957 por John Davis e Ray Goldberg, observamos que as atividades agrícolas e pecuárias não poderiam ser consideradas de forma isolada. O tripé das relações antes, dentro e depois da porteira, chegando até o consumidor necessita de renovação, pois hoje, os relacionamentos se ampliam em velocidade surpreendente e os diversos stakeholders exigem das organizações responsabilidades sociais, ambientais, culturais, muito além das econômicas. Assim, não basta mais estarmos apenas conectados com consumidores, a cadeia produtiva é dinâmica, abrangente e requisita dessas organizações movimentos com o público urbano. É necessário ampliar e desenvolver relacionamentos mais fortes e profundos com diferentes segmentos de públicos para que o entendimento e o valor do agronegócio possa ser real.

Um ótimo exemplo são as cooperativas, que possuem o associativismo como sua essência. Elas possuem uma causa maior e uma responsabilidade de propósito que a instiga a criar e desenvolver relações de confiança. Isso só é possível com a ampliação e fortalecimento dos relacionamentos como alicerce para a construção e o desenvolvimento de processos que possam transformar relações. Elas precisam avançar quanto ao seu reconhecimento na sociedade para construir sua imagem e desfrutar de reputação.

Comunicação é o insumo para que estratégias possam ser criadas, praticadas e avaliadas, criando e estimulando geração de conhecimento que transformam as realidades organizacionais.

Vimos que a evolução do agronegócio brasileiro construiu uma nova história a qual precisa ser compartilhada com a sociedade. Certamente esse é um desafio comunicacional e relacional, pois para a sociedade compreender a essência do agronegócio é preciso criar redes de diálogo, formando opiniões, construindo relacionamentos com diversos segmentos de públicos. Falamos em sua importância econômica, mas precisamos ampliar o seu entendimento para o que ele representa hoje para o bem-estar e qualidade de vida da própria sociedade.

A condução de processos comunicacionais que apenas difundem, ou mantem seus públicos informados, deixou de ser prioridade. Ouvir significa uma mudança de comportamento da organização, pois ela se coloca como receptora no processo e não mais somente emissora.

A maneira de se conduzir os negócios pode afetar a forma como se dá a criação de conhecimento nas cooperativas. Assim, os processos de gestão impactam diretamente nos resultados desses empreendimentos. Quando as pessoas buscam socializar, questionar e inovar constantemente demonstram haver maior espaço para transformação do conhecimento.

Assim estratégias podem ser construídas de forma coletiva, e naturalmente praticadas pelas pessoas, ao se vislumbrar a perspectiva da estratégia como pratica comunicacional (MARCHIORI; BULGACOV, 2010, 2012, 2015; PAGANINI; MARCHIORI; PACAGNAN, 2015) no ambiente de cooperativas, pois sem as pessoas em interação não se constituem estratégias.

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