Missão, visão e valores – isto é o que encontramos em muitas organizações como ‘Cultura Organizacional’, ou seja, seu DNA. Artigo publicado pela Revista Exame comenta que as empresas estão ampliando o olhar sobre a cultura, pois algumas vezes ela pode influenciar negativamente o desenvolvimento das estratégias. Olhar este vinculado ao desempenho organizacional. Na reportagem cultura é definida como a manifestação prática dos valores da empresa, sendo fundamental que exista sintonia entre o conceito e a prática, pois muitas vezes ‘os valores dizem uma coisa; e a prática, outra. ” Assim, valores e práticas devem estar em sintonia, o que certamente edifica a credibilidade de uma empresa.
Precisamos compreender que as empresas estão inseridas em um mundo permeadas de símbolos, artefatos e criações a que chamamos de culturas, indo além de sua performance como organização. Torna-se fundamental na contemporaneidade compreendermos que o mundo social e organizacional não pode ser visto como um dado concreto. É premente vislumbramos a perspectiva da cultura como metáfora, ou seja, algo que uma organização é e não mais uma variável (organização tem). Nessa visão cultura é processual e tem como pressuposto a interação social entre sujeitos.
Compreendo esse ser o sentido da conversa, sobre o que realmente significa Cultura dentro das empresas? Quando refletimos sobre isso, percebemos que a cultura é processo dinâmico – muito diferente de um quadro fixado na parede.
Ao refletirmos sobre cultura estamos falando sobre uma essência que vai muito além dos valores, compreendendo que qualquer manifestação da empresa revela sua cultura. É fundamental pensarmos nas inúmeras culturas. Note que utilizamos o plural, exatamente porque as empresas não têm uma única cultura, as quais convivem entre si e constroem sentido dependendo do grupo envolvido naquele determinado processo. Na realidade, as empresas arquitetam suas culturas em cada atitude, cada manifestação e agir dos sujeitos. Esse paradigma requisita uma mudança no pensar, compreendendo que cultura são criações comunicativas as quais emergem e são sustentadas pelos atos comunicacionais. Precisamos compreende-la ao vivenciá-la para saber o que tem sentido para o grupo e necessita ser preservado, o que não tem sentido para o grupo e precisa ser transformado. Culturas em empresas é sim responsabilidade de todos, portanto não é algo que está lá, como entidade, distante de nós que a construímos e a experimentamos no dia a dia. Quando nos envolvemos com os processos culturais, e o fazemos a partir de nossas ações cotidianas, ampliamos nossa consciência de como nossas atitudes constroem e transformam as empresas.
Partindo deste princípio, temos que todos da organização criam culturas, pois ela está nas interações – e percepções – sobre a empresa. Todos os cargos, sem exceção, se relacionam, criam significados e desenvolvem culturas. Um jeito único e particular que não pode ser copiado por nenhuma outra organização. Aqui se encontra sua essência, seu real valor e diferencial.
Portanto, a gestão da cultura deve ser parte da agenda dos líderes e é exatamente o que faz uma empresa ser diferente das demais. Seus concorrentes podem copiar o seu produto ou serviço, mas ninguém pode imitar a sua cultura, seu modo de se relacionar e se comunicar com seus diferentes stakeholders, pois isso é único da sua organização. Precisamos sim atuar no sentido de compreendermos como empresas são constituídas, nutridas, reconstituídas e transformadas. Essa é a verdadeira essência de compreendermos culturas em organizações: o que nos faz sermos diferentes?
Para as empresas que desejam repensar sua cultura o diálogo auxilia a reflexão, coesão do grupo e principalmente, geram consciência sobre como a comunicação, cultura e estratégia precisam estar integradas, desenvolvendo a organização e suas lideranças.
Se você deseja melhor compreender esse processo de mudança converse com profissionais especializados na área, eles podem te auxiliar a conduzir esse processo e entender como a cultura da sua organização pode ser um diferencial competitivo.
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